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A Civilização Fenícia
A Civilização Fenícia

 

A ANTIGUIDADE ORIENTAL

 

A CIVILIZAÇÃO FENÍCIA.

 

Os fenícios eram de raça semita.  Habitavam uma faixa de terra ao longo da costa oriental do Mediterrâneo.  O rio Orontes ao norte, o monte Carmelo ao sul e a cordilheira do Líbano a leste, limitavam-lhes os domínios.  O reduzido tamanho da Fenícia era compensado pela natureza de sua costa, protegida por elevados e escarpados rochedos que, em alguns pontos, ofereciam abrigos aproveitados como portos.  A importância destes era considerável, pois, pela sua própria situação geográfica, a Fenícia era um país destinado ao mar.

 

As montanhas do Líbano, além de constituírem defesas naturais contra uma possível invasão vinda do interior, ofereciam também riquezas naturais como o cobre, o cedro e matérias resinosas, produtos necessários para a construção de barcos.

 

O solo era fértil, mas, em virtude de sua pequena extensão, os fenícios tenderam a aglomerar-se em núcleos urbanos na costa, os quais floresceram graças a um ativo comércio marítimo.  Essas cidades formavam uma federação cujos interesses econômicos mantinham coesas as diversas unidades que a compunham, como Biblos, Sidon, Tiro, Arado e Gaza.

 

Somente a expansão e a habilidade náutica deram aos fenícios um aspecto original.  A cultura fenícia era, sobretudo, uma fusão de elementos egípcios, mesopotâmicos e hititas.

 

Seu domínio no comércio marítimo decorreu em parte da decadência do Egito e de Creta como nações monopolizadoras do comércio mediterrâneo.  Fundaram cerca de trezentas cidades entre as quais Cádiz e Marselha.  Donos de uma frota considerável e de algumas indústrias, foram consequentemente grandes consumidores de escravos.  A fabricação de famosa púrpura, extraída do múrex, e seus tecidos de lã e linho, constituíram suas principais indústrias. Praticamente não tiveram literatura; cabe-lhes, porém, o mérito de haverem simplificado o antigo alfabeto egípcio.

 

Seus navios atingiram a Inglaterra e a costa atlântica da África Setentrional.  Estiveram também no mar Negro e prepararam o caminho para os comerciantes gregos, como também as lutas imperialistas dos senhores do Mediterrâneo.