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O Fim do Helenismo
O Fim do Helenismo

O PENSAMENTO GREGO

 

O FIM DO HELENISMO:  A ARTE HELENÍSTICA E GRECO-ROMANA.

 

Os séculos que se seguiram à morte de Alexandre modificaram de tal maneira a vida econômica e cultural da Grécia e de suas colônias, que se faz necessária uma apreciação especial sobre as grandes mudanças surgidas.  A antiga religião nas classes cultas, e, nas incultas, profundamente influenciada pelos cultos orientais.

 

As conquistas de Alexandre produziram culturalmente uma fusão das tradições do Oriente com as do Ocidente; dai o luxo oriental e a beleza ocidental de Alexandria, centro da cultura helenística, e a respeito da qual já fizemos várias referências.

  

AS ARTES E AS CIÊNCIAS NO PERÍODO HELENÍSTICO.

A arte no mundo helenístico perdeu a pureza que havia possuído antigamente.  A arquitetura destaca-se pelo luxo e pela grandiosidade; são comuns os revestimentos de bronze dourado, as construções de vários andares, gigantescas colunas de mármore, etc.

 

Neste período destacamos Aristarco, o filósofo, e Teócrito, o admirável poeta, e obras como a VITÓRIA DE SAMOTRÁCIA e a VÊNUS DE MILO, justamente famosas.  Aliás, por vezes, a escultura apresenta o impacto emocional de uma arte violenta como no “Gaulês Moribundo” e no “O Gaulês Assassinando a Esposa”, também de autores desconhecidos.

 

Nas ciências destacam-se Arquimedes, Euclides e Galeno.

  

O ESTOICISMO, O EPICURISMO E O CEPTICISMO

A filosofia helenística teve no estoicismo, no epicurismo e no cepticismo os seus representantes mais famosos.

 

O fundador do estoicismo foi Zenão de Citium, que lecionava sob um dos pórticos da ágora ateniense.  O termo estóico deriva do grego “stoa”, pórtico;  para os estóicos o segredo da felicidade estava na obtenção, por meio da virtude, de um perfeito equilíbrio interior capaz de permitir ao homem aceitar com a mesma serenidade a dor e o prazer, a ventura e o infortúnio. O estoicismo difundiu-se rapidamente na Grécia, havendo influído, também, em Roma.  Os adversários do estoicismo acusavam seus seguidores de aceitarem um fatalismo inexorável que obrigava todos os homens à sujeição passiva ao futuro.  De espírito democrático, pois considerava como iguais todos os seres humanos, gregos ou não, civilizados ou bárbaros, o estoicismo condenava  a escravidão e a guerra, e, incontestavelmente, foi a mais avançada corrente filosófica dos gregos.

 

O epicurismo deriva seu nome de Epicuro, seu criador.  Para os epicuristas, partidários do materialismo, a felicidade humana consistia apenas na obtenção do prazer.

 

Pirro, contemporâneo de Epicuro, foi o fundador da escola céptica.  O cepticismo baseava-se na concepção sofística de que, sendo o conhecimento resultante da percepção dos sentidos, necessariamente é limitado e relativo.  Para os cépticos, pode-se afirmar que as coisas “parecem” ser de tal ou qual maneira, mas não se sabe como elas são “realmente”.  A felicidade consiste, pois, em não pretender julgar coisa nenhuma, devendo o homem limitar-se a um simples exame do universo que o cerca.