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Menino de Três Anos Quer Salvar o Planeta
Menino de Três Anos Quer Salvar o Planeta

Menino de três anos recolhe lixo na praia para se tornar “super-herói dos peixes” e salvar o planeta 

Pequeno aprendeu em família sobre a importância da responsabilidade ambiental

 

Caetano, três anos e 11 meses, tem a energia da maioria das crianças da sua idade: corre no pátio, enche o balde com carrinhos, persegue a shitzu Amora e busca o convidado pela mão, mostrando orgulhoso os super-heróis enfileirados na prateleira do quarto. Diz que ele próprio tem os super-poderes “força” e “segurança”. Mas é uma herança de casa que o destaca na luta contra o mal: puxando a caçamba na beira-mar de Tramandaí, ele recolhe o lixo deixado pelos vilões.

–  É pro peixinho não morrer - resume o Super Caetano.

 

Os cuidados com o meio-ambiente são reflexo de um hábito do avô, Eliseu Souza Meregali, 52 anos. O gestor leva para a praia uma sacola plástica, que retorna repleta de objetos descartados incorretamente.

– Não consigo sentar na beira da praia com lixo na volta. Como se fosse o pátio da minha casa. Aí um dia brinquei com o Caetano, dizendo que ele poderia salvar o planeta, não deixando o lixo ir para o oceano – explica o avô.

 

 

No último sábado (15), Super Caetano entrou em ação: ao avistar uma moradora largando sacolas na calçada, gritou “lugar de lixo é na lixeira”, recebendo depois a explicação de que ela estava colocando os resíduos para serem recolhidos pelo caminhão da coleta.

–  As crianças são cruas. Com elas, vale muito mais o exemplo do que a palavra. Pra nós, como pais, é um orgulho muito grande - afirma a mãe, Rita Guimarães, 33 anos.

 

No balneário, a criança já reuniu outros amiguinhos para a missão. Em casa, no município de Santo Antônio da Patrulha, o mano mais velho quer servir de exemplo para o pequeno Ernesto, de um mês de vida. 

 

O pai, Diego Meregali, 34, conta que outro dia recebeu mais uma lição do filho.

 

Passamos por algumas pessoas na rua e ele disse assim: “quero dar comida pra eles, porque são pobres”. É a pureza dele - relembra o pai babão. 

 

Por Tiago Boff