REDES SOCIAIS — GUIA PARA PAIS E FILHOS
Prepare-se para o momento em que seus filhos pedirão para ter um perfil em sites de interação. Especialistas dão dicas de como tornar a experiência saudável para as famílias.
O que fazer quando as crianças pedem para entrar nas redes sociais? Cada vez mais jovens, elas ganham smartphones, aprendem a baixar aplicativos e estão decididas: querem ser donas do próprio perfil. A mãe de Giovanna, 11 anos, deixou a filha ter acesso a Instagram, Facebook e WhatsApp, mas acompanha cada post e as conversas dos grupos de que a garota participa. Já Ana Luísa, 10 anos, tem um smartphone, mas o acesso é restringido pela família.
Serviços como Facebook, Snapchat, WhatsApp e Instagram estabelecem idade mínima para o uso, e nem Giovanna ou Ana Luísa poderiam se cadastrar em qualquer um deles. A prática mais comum para burlar a regra é mentir a idade na hora de fazer um perfil pessoal.
A cada nova rede que fisga o universo jovem, mais confusos os pais ficam sobre como agir e se devem liberar o uso para os filhos. O Snapchat, app para publicação e troca de vídeos e fotos que desaparecem em 24 horas, é quase à prova de adultos. Se suas configurações são fáceis e intuitivas para os mais novos, é difícil que os mais velhos consigam manter o controle do que acontece por lá, ao contrário do Facebook, por exemplo.
Giovanna e Ana Luísa fazem parte de uma geração que não conhece o mundo sem internet e não quer esperar para começar a vida social online. Entre as crianças brasileiras de nove a 10 anos que usam a internet, 43% revelam ter perfil próprio em algum site de rede social. O número sobe para 68% entre os pré-adolescentes de 11 a 12 anos, segundo a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2014, conduzida pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br).
- As crianças e adolescentes brasileiros estão presentes nas redes sociais de forma muito marcante em comparação a outros países. Na faixa-etária dos nove a 17 anos, 79% têm perfil nas redes sociais. Esse percentual é altíssimo – avalia Maria Eugenia Sozio, coordenadora da pesquisa.
As opiniões divididas nas duas famílias de Porto Alegre mostram que a presença de crianças nas redes sociais gera dúvidas. ZH conversou com especialistas para compreender melhor como a presença dos mais novos nesses sites pode ser uma experiência saudável para as famílias.
NÚMEROS DA PESQUISA
— 42% das crianças brasileiras entre 9 e 10 anos que usam redes sociais têm um perfil no Facebook.
— 35% delas mantêm o perfil público, de modo que qualquer um pode visualizar as informações.
— 44% das crianças entre 11 e 12 anos publicam o nome da escola no perfil da rede social e 21% revelam o número de telefone.
— 22% das crianças entre nove e 10 anos não sabem como está configurada a privacidade do seu perfil na rede social.
MÃE E FILHA APOSTAM NA EDUCAÇÃO DE ETIQUETA E PRIVACIDADE DIGITAIS.
No Facebook, Giovanna compartilha registros da sua vida com os seus 298 amigos. No aniversário da mãe, relembrou a ida a Paris, foi marcada em fotos de uma viagem escolar de uma amiga ao litoral gaúcho e compartilhou o look antes de ir a uma comemoração em família. Na timeline da menina, a mãe Elaine Strapasson Faccin, 38 anos, é sempre presente. Ela comenta nas postagens da filha, publica fotos dos passeios que fazem juntas e evidencia os talentos de Giovanna com registro das aulas de música e das apresentações de ginástica.
A vontade insistente de ter um perfil nas redes sociais surgiu quando Giovanna tinha oito anos. Foi então que Elaine ajudou a filha a fazer seu primeiro cadastro e propôs um teste: se ela seguisse todas as regras, o perfil seria mantido. A intenção seria auxiliar e guiar os passos da menina na primeira empreitada no mundo das mídias digitais, para que ela pudesse aprender desde cedo o básico, como configurar um perfil seguro e manter boas práticas.
- Fiquei receosa no começo, mas foi bom ter começado a educá-la desde pequena para o bom uso das redes sociais. Temos uma relação boa, ela me pergunta antes de publicar quando tem dúvidas e nunca postou nada ofensivo – explica.
Há pouco tempo, a menina, que está no 5º ano do Ensino Fundamental, também criou uma conta no Instagram e passou a se comunicar pelo WhatsApp. Tudo é feito sob o olhar atento e conectado da mãe, que tem acesso a todas as senhas e mantém controle sobre os ajustes de privacidade. Apenas os amigos adicionados conseguem ver as informações de localização e do colégio em que ela estuda. Como medida de segurança, Giovanna usa um apelido para dificultar a busca pelo nome.
No Instagram, ela soma 141 seguidores, e a conta é aberta. Elaine também criou um perfil no app de fotos exclusivamente para acompanhar o que Giovanna publica – na maior parte, são selfies. Entre as regras estabelecidas pela mãe, estão o correto uso da língua, ser gentil e educada ao comentar nas postagens e sempre perguntar antes de adicionar alguém que não pareça ser conhecido da família. Giovanna confessa que já bloqueou amigos por não se sentir à vontade com o tipo de conteúdo que publicavam.
- Oriento para que ela pense nos comentários que vai fazer, se pode magoar ou ofender alguém. Digo para postar apenas elogios, nada que deixe as amigas tristes – afirma Elaine.
“As meninas têm uma tendência a se tornarem mais dependentes das redes sociais, e os meninos de games. Por causa da sociedade machista, as meninas acabam ficando mais expostas a questões de sexualidade.”*
“A rede social não gera a insegurança, mas reforça um comportamento que a criança já tem. Essa busca por número de amigos e curtidas é uma preocupação dos pais, que devem procurar ajuda se seus filhos demonstram aflição com isso.”*
“A escola e a família devem trabalhar a questão do cyberbullying. Todo mundo fica mais impulsivo nas redes sociais e fala coisas sem pensar. Os adultos devem orientar as crianças e adolescentes a refletirem antes de comentarem ou entrarem em uma discussão nas redes sociais.”*
*Aline Restano (Psicóloga especialista em crianças e adolescentes).
WHATSAPP JÁ CAUSA DOR DE CABEÇA
Ana Luísa, 10 anos, bem que tentou convencer a mãe, mas Tatiane Oliveira da Rosa, 40, não muda de ideia quando o assunto é o acesso da filha a redes como Facebook e Instagram.
- Sinceramente, eu sou total ente contra. Prefiro resguardar ao máximo e evitar até quando eu puder. Trabalho com internet e conheço bem os crimes digitais – ressalta Tatiane, gerente de projetos, referindo-se à exigência de 13 anos para criar perfis no Facebook.
No smartphone, a menina é liberada para assistir a vídeos no YouTube, baixar games e acessar ao WhatsApp, que, segundo a mãe, é um meio útil de comunicação com a família. Mas até o aplicativo de mensagens instantâneas vem causando dor de cabeça.
- Passei a observar melhor até o comportamento no WhatsApp. Um dia, notei que ela e as amigas pegavam números de outros colegas que já tinham o aplicativo para agregar o máximo de pessoas à agenda. A gente percebe que existe uma tendência entre eles – conta.
Tatiane acredita que a filha ainda não tem maturidade suficiente para limitar o tempo que passa nas redes e que a preocupação com a busca incessante por novos contatos e amigos pode ser prejudicial. Ela diz que, na escola, algumas crianças fazem “competições” para ver quem tem mais amigos ou likes, mas que a filha, depois de muita conversa em casa, já enxerga o comportamento de maneira crítica e entende a decisão da mãe.
- Acho que é legal manter a interatividade social, criar assunto com os colegas, mas me preocupa o tempo que eles passam fazendo apenas isso. Se ela tivesse perfis nas redes sociais, talvez pudesse postar uma foto e se frustrar com o número baixo de curtidas ou então se magoar com alguma situação criada por lá – preocupa-se a mãe.
Enquanto a filha não está presente nas redes sociais, os cuidados com a privacidade são tomados com o próprio perfil. Na foto principal do Facebook, Ana Luísa aparece junto da mãe, mas Tatiane diz não compartilhar fotos que podem revelar os ambientes que frequentam, mostrar a escola ou seu local de trabalho.
- Os cuidados que eu tenho, provavelmente, ela não teria. Sempre converso sobre bullying, explico o que é a pedofilia e por que é importante restringir a publicação de dados pessoais. Ela está em alerta sobre os riscos da exposição exacerbada – completa.
MEU FILHO PEDIU PARA TER UM PERFIL
Qual a idade certa para que a criança tenha um perfil próprio?
Para a psicóloga e especialista em infância e adolescência Aline Restano, não há idade ideal ou certa para entrar nas redes sociais. Porém, ela recomenda que, quanto mais tarde, melhor. A avaliação da hora adequada para criar um perfil pessoal deve ser feita pelos pais, considerando a maturidade da criança em lidar com assuntos como privacidade e proteção contra cyberbullying e crimes digitais.
“A criança deve ter habilidades para lidar com situações de risco e violações, como configurar a privacidade do perfil e saber denunciar e bloquear contas ofensivas. Se a criança não tem idade mínima exigida para se cadastrar em um site, recomenda-se o uso das redes sociais infantis, que disponibilizam ferramentas de controle parental com moderadores que avaliam condutas perigosas ou perfis suspeitos.” Juliana Cunha/Psicóloga e coordenadora da ONG especializada em segurança digital Safernet.
Devo usar as redes sociais para monitorar meus filhos?
É importante ao menos conhecer o funcionamento de todos os sites e aplicativos para auxiliar seu filho na configuração segura da conta e instruí-lo sobre as boas práticas que variam para cada serviço. A psicóloga Juliana Cunha recomenda que os pais estejam presentes nos momentos iniciais.
- O computador ou o tablete pode servir como babás eletrônicas, e muitos pais caem nessa tentação, deixando seus filhos vulneráveis. Nem todos os pais têm condições de acompanhar cada passo ou participar das redes, mas deve-se ter a consciência de que a internet é uma janela para o mundo – avalia.
Quais redes devem ser evitadas?
Uma atenção maior deve ser tomada com as redes que permitem o anonimato, como o Ask.fm – uma rede social de perguntas e respostas. É nesses sites, alerta Aline, que acontecem casos de cyberbullying em número maior e nos quais são tratados assuntos mais abertos sobre sexualidade.
Preciso ter a senha do meu filho?
Ensinar sobre a importância de resguardar senhas no mundo digital pode começar pelos pais. Não é necessário ter acesso às contas dos filhos, mas é aconselhável ensiná-los que nem para os amigos essa informação deve ser revelada.
Como devo acompanhar quem a criança adiciona como amigo?
recomendar que apenas a família, amigos e pessoas da escola devem estar na lista de amizades. O número de amigos em comum também pode induzir à sensação de que a criança pode conhecer a pessoa. Algumas temem o constrangimento de não aceitar determinadas pessoas.
- Os pais podem mostrar que recusar uma amizade nas redes sociais não é feio nem errado. Se a pessoa não deixa a criança à vontade por causa do tipo de conteúdo que publica, ou há um certo conflito com um amigo na escola, é recomendado avaliar aquela interação na rede – diz Aline.
Quais dados a criança pode informar no perfil?
Informações geolocalizadas ou sobre a escola ou lugar de trabalho dos pais devem ser publicadas com cuidado. Os adultos devem ensinar como a configuração de privacidade do perfil pode ser feita para que dados pessoais não se tornem públicos. Isso pode ser ajustado nas configurações de cada serviço. Para Felipe Picon, psiquiatra da infância e da adolescência e vice-coordenador do Grupo de Estudos sobre Adições Tecnológicas, o conceito de privacidade nas redes ainda é pouco claro para os mais jovens – mas também para os adultos. Ter consciência sobre a exposição e o potencial de viralização de informações e conteúdos é um dos assuntos que devem ser conversados entre pais e filhos.
“A rede social não é feita para privacidade, pelo contrário. Esse conceito vai ser aprendido com o tempo e deve também ser ensinado.” Felipe Picon/Psiquiatra da infância e da adolescência.
Quando o uso das redes sociais passa a ser prejudicial?
O fator em consideração para avaliar se o uso das redes sociais está prejudicando a rotina da criança não deve ser o tempo, mas as consequências. Dormir mais tarde do que o horário estipulado pela família, diminuir o ritmo na escola, ou demonstrar um comportamento mais introspectivo e diferente são alguns indícios. A família pode ter combinações em que momentos o uso é limitado, como na hora do jantar, por exemplo. Juliana indica que é mais fácil combinar determinados momentos do que estipular horas, já que com os dispositivos móveis, é difícil calcular quanto tempo cada pessoa fica conectada.
Quais são os cuidados que os pais devem ter nas redes sociais?
Antes de postar, avalie quem tem acesso às publicações. Assim como as crianças devem tomar cuidado, pais que compartilham informações geolocalizadas ou dados pessoais como endereço, local de trabalho ou o nome da escola devem configurar os ajustes de privacidade e restringir os amigos que têm acesso àquele conteúdo.
Fotos de bebês ou crianças em situações íntimas podem ser usadas de maneira mal intencionada ou retiradas de contexto por criminosos.
Avalie com outros pais antes de postar fotos do filho com outras crianças e respeite a decisão de privacidade de outras famílias.
Converse com os responsáveis nas escolas sobre as medidas de segurança e privacidade tomadas nas redes sociais das instituições. Muitas páginas de escolas de educação infantil marcam crianças e seus pais nas fotos publicadas.
Além disso, pense no rastro digital que você deixará para o seu filho. Nem sempre é possível ter controle sobre o conteúdo que é postado nas redes sociais.
“Na internet, muitas vezes não temos direito ao esquecimento. O que parece ser engraçadinho ou fofo, hoje, pode ser constrangedor no futuro ou usado como motivo para humilhação. Os pais devem pensar na privacidade dos seus filhos.” Juliana Cunha/Psicóloga e coordenadora da ONG especializada em segurança digital Safernet.
NÃO FAÇA DAS REDES UM TEMA PROIBIDO.
A PSICÓLOGA Juliana Cunha, coordenadora da Safernet, trabalha no atendimento da ONG via bate-papo. A entidade, fundada em 2005, tem atuação nacional, sem fins lucrativos, e oferece ajuda e informações a crianças, adolescentes, pais e educadores sobre segurança na internet. Diariamente, Juliana auxilia famílias e vítimas de furto de dados, pedofilia ou cyberbullying. Ela defende que limitar o acesso às redes sociais e à internet não seria o ideal e pode quebrar a relação de confiança e a possibilidade de diálogo.
Os smartphones tornaram mais difícil monitorar a atividade, por isso, a instrução é de que os assuntos sobre segurança e privacidade na internet não sejam temas proibidos em casa. Juliana acredita que o bom uso dos meios digitais deve ser incentivado pela família e nas instituições de ensino.
- As pessoas tendem a culpabilizar os serviços, mas o uso que fazem deles é que precisa ser mais cuidadoso. Proibir não vai impedir que a criança ou adolescente use de maneira escondida. Se os pais permanecerem próximos aos filhos nessa fase, a internet pode ser um ambiente saudável para fazer amigos, uma fonte de acesso ao conhecimento e uma oportunidade de participar de um espaço público de debate de questões sociais – explica.
ATENDIMENTO VIRTUAL SOBRE CYBERBULLYING
A PRINCIPAL PREOCUPAÇÃO DOS PAIS, SEGUNDO Juliana, é de que os filhos sejam vítimas de pedofilia. Na linha de atendimento virtual que ela coordena, famílias demonstram apreensão sobre violência sexual, aliciamento, contato com estranhos ou os chamados “amigos virtuais” , com quem a comunicação é feita apenas pela internet.
Já as crianças e adolescentes temem serem vítimas de cyberbullying. A violência psicológica e a intimidação são provocadas por conhecidos, como colegas da escola ou amigos da mesma idade. Em grande parte dos casos, os pais não percebem que há algo de errado, e é na escola que os professores notam pontos estranhos. Esses jovens procuram o serviço da Safernet por medo de contarem a situação para os familiares e serem punidos ou responsabilizados.
NOTA: O endereço para atendimento online da Safernet é: www.new.safernet.org.br/helpline
DOS 1.225 CASOS ATENDIDOS PELA SAFERNET EM 2014
— 222 envolviam sexting (troca de imagens sexualmente sugestivas ou explícitas pelo telefone).
— 177 tratavam de cyberbullying.
— 136 eram de problemas envolvendo dados pessoais.
— 52 tratavam de pornografia infantil
— 49 estavam ligados a aliciamento online
IDADE MÍNIMA DA MAIORIA DOS SITES É DE 13 ANOS
Empresas como Facebook, Instagram e WhatsApp, por serem fundadas e operarem nos Estados Unidos, devem seguir a lei federam americana de 1998, a Children’s Online Privacy Protection Act. O COPPA, como é conhecido, estipula as normas para a coleta de informações pessoais sobre crianças, ou seja, qualquer indivíduo com menos de 13 anos, segundo a regulamentação.
Como a maioria das redes sociais armazena dados e informações como e-mail, nome completo ou até mesmo o número de telefone, a lei foi criada para proteger os dados pessoais de crianças. No caso de sites feitos para menores de 13 anos, pais devem dar consentimento legal para que informações dos mais novos, como a geolocalização, por exemplo, possam ser coletadas e armazenadas. Essas redes também devem obedecer os padrões previstos em lei relacionadas à conteúdo e à publicidade.
FACEBOOK - Idade mínima: 13 anos
Quem cria um perfil na rede social deve concordar com a chamada Declaração de Direitos e Responsabilidades do serviço. Assim, o usuário se compromete a não incluir informações falsas, criar perfis para terceiros sem autorização e afirma que tem a idade mínima para se cadastrar.
De acordo com a política de uso do site, os perfis que não preenchem o requisito de idade correm risco de serem denunciados por outros usuários, por meio de um formulário. O critério para exclusão, segundo a empresa, é quando claramente se identifica que o perfil da pessoa é de alguém com menos de 13 anos. Nesses casos, a exclusão do perfil é aceita após passar por moderação do site.
Nas regras de privacidade, o Facebook também alerta que, quando se publica conteúdos ou informações usando a opção “Público”, ou seja, visível para qualquer pessoa, o usuário está permitindo que todos, incluindo pessoas fora do Facebook, acessem e usem essas informações e as associem ao dono do perfil.
WHATSAPP - Idade mínima: 16 anos
Nos “Termos de Serviço”, o aplicativo deixa claro a exigência da idade mínima. Mas a maioria dos pais desconhece essa regra.
INSTAGRAM - Idade mínima: 13 anos
Nos termos básicos de uso, o aplicativo de fotos que foi adquirido pelo Facebook, em 2012, também proíbe a publicação de conteúdos que sugiram violência, nudez, nudez parcial, discriminação, atos ilegais, transgressões, ódio, pornografia ou sexo.
SNAPCHAT - Idade mínima: 13 anos
Para adolescentes entre 13 e 17 anos, o Snapchat requer que um responsável revise os termos de uso e que esteja de acordo com o contrato.
Na página de regras de conduta da comunidade, o aplicativo lista os tipos de conteúdo que violam as normas: pornografia, nudez ou conteúdo sexual envolvendo menores de idade, menores envolvidos em atividade perigosa, invasão de privacidade, ameaças, bullying, falsidade ideológica e autoflagelação.
O aplicativo, que no começo ficou conhecido por ser para as trocas de imagens íntimas, as “nudes”, faz o apelo para que os usuários não compartilhem esse tipo de conteúdo com menores de 18 anos. A violação dessas regras pode causar suspensão ou proibição do serviço.
Criando uma conta no Snapchat, o usuário concorda que o app pode ter conteúdo, voz e nome utilizado na rede para publicidade, promoção e mídia da marca.
YOUTUBE - Idade mínima: 13 anos
Ainda que o site de vídeos do Google, tenha uma idade mínima para fazer um perfil, quando os vídeos apresentam linguagem de baixo calão, imagens perturbadoras ou que contenham violência, apelo sexual, nudez, atividades perigosas ou prejudiciais, a exigência pode ser outra. Nesses casos, o próprio site restringe que o conteúdo seja acessado somente por quem tem mais de 18 anos.
TUMBLR - Idade mínima: 13 anos
Nos termos de serviço, a plataforma sugere “pedir um PlayStation para os pais” se o usuário ainda não tem idade suficiente para se cadastrar.
TWITTER - Idade mínima: 13 anos
Segundo a política de privacidade da página, caso chegue ao conhecimento da empresa que uma criança com idade inferior a 13 anos esteja cadastrada, o serviço tomará medidas para excluir os dados fornecidos e encerrar a conta.
DICAS PARA MAIS PRIVACIDADE
Para seus filhos se manterem mais seguros na rede, selecionamos dicas para as redes mais usadas.
NO FACEBOOK
Revise quais informações estão disponíveis no campo “sobre” do perfil criado. Neste espaço, o Facebook pede informações como e-mail e telefone. Avalie se você quer tornar público o que está ali.
Se quiser visualizar como o perfil aparece para outras pessoas, vá até a página, logado, e clique nos três pontinhos ao lado do botão “Ver Registro de Atividades”. Selecione “Ver Como”. No topo, aparecerão opções: você pode verificar o que as pessoas que não são adicionadas como amigos conseguem ver no perfil publicamente, ou o que pessoas específicas, que estão na lista de amigos daquele perfil, podem visualizar. Assim, você pode configurar melhor as opções de privacidade da criança ou adolescente.
Se quiser criar um grupo para troca de imagens ou informações da escola com outros pais, por exemplo, não use perfis ou páginas. Opte por grupos fechados ou até mesmo secretos, em que a entrada é sob mediação. Com a opção de grupo secreto, apenas membros e ex-membros podem encontra-lo.
Nos ajustes de Segurança e Privacidade, você pode marcar a opção de inserir ou retirar a geolocalização dos tuítes. Isso também é possível fazer antes de publicá-los.
No campo das Mensagens Diretas, dá para selecionar se é possível receber mensagens de qualquer usuário, mesmo que você não o siga.
Nas configurações, verifique quem pode visualizar sua imagem de perfil. Clique em Conta, depois em Privacidade, e depois em Foto do Perfil. Escolhendo a opção Meus Contatos, apenas quem você salvou na sua agenda pode ver a imagem.
Fonte: ZeroHora/Paula Minozzo (Paula.minozzo@zerohora.com.br) em 06/12/2015.