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Capital Inicial: A Fênix do Rock Brasileiro
Capital Inicial: A Fênix do Rock Brasileiro

A FÊNIX DO ROCK BRASILEIRO

 

O Capital Inicial é uma ave rara no cenário do rock brasileiro: depois de estourar na metade dos anos 198-0 e desaparecer no final da década seguinte, a banda ressurgiu em 2000 com o ACÚSTICO MTV, voltando a fazer sucesso e renovando seu público.  Mais singular ainda: nos shows, os fãs cantam junto tanto os sucessos antigos quanto as novas canções.

- O que aconteceu com o Capital Inicial foi uma coisa muito incrível: a banda acabar e ter uma segunda chance e, nessa segunda chance, fazer mais sucesso do que no começo.  Retornamos determinados a não nos voltar apenas para o passado.  Desde 1998, lançamos sete discos de estúdio, mais o tributo ao Aborto Elétrico – argumenta o vocalista Dinho Ouro Preto em entrevista a Zero Hora.

 

Para celebrar os 30 anos do disco de estreia e 15 do primeiro projeto desplugado – que vendeu 2 milhões de cópias –, o grupo brasiliense lançou no final de 2015 o CD e DVD ACÚSTICO NYC, cuja turnê chega a Porto Alegre dia 9 de abril, no Pepsi On Stage.  O trabalho ao vivo foi gravado em junho do ano passado, na casa de espetáculos nova-iorquina Terminal 5, diante de 1,5 mil pessoas.

- Nova York, até mais do que Londres, representa a centelha inicial para nós, principalmente Ramones, que é maior do que a vida, e também Television, Lou Reed.  Me lembro que, aos 19 anos, eu e o Marcelo Bonfá (baterista da Legião Urbana) pegamos um avião e fomos lá só para ver o CBGB (célebre clube que abrigava a cena punk e new wave da cidade norte-americana), sem dinheiro nenhum – lembra o cantor.

 

GRUPO PLANEJA ÁLBUM DE ESTÚDIO PARA 2017

Nesse novo acústico, o quarteto formado por Dinho, Fê Lemos (bateria), Flávio Lemos (baixo) e Yves Passarell (violões) contou com o auxílio de músicos de apoio como Thiago Castanho (ex-Charlie Brown Jr.) nos violões, e do produtor Liminha, responsável por gravar o prim eiró compacto da banda, também nos violões e no bandolim.  O ACÚSTICO NYC reúne 19 faixas no CD e 23 no DVD – cuja direção é assinada por Raoni Carneiro –, incluindo três músicas novas: VAI E VEM, A MINA e DOCE E AMARGO.  A seleção inclui hits como QUATRO VEZES VOCÊ, EU NUNCA DISSE ADEUS, VAMOS COMEMORAR, OLHOS VERMELHOS, O LADO ESCURO DA LUA, COMO DEVIA ESTAR, DEPOIS DA MEIA-NOITE e COMO SE SENTE – mas nenhuma da primeira fase da banda.

 

O Capital recebeu ainda no palco dois convidados especiais: Seu Jorge, que divide os vocais com Dinho em BELOS E MALDITOS (com direito ao refrão de WALK ON THE WILD SIDE, de Lou Reed) e À SUA MANEIRA (versão da canção DE MÚSICA LIGEIRA, da banda argentina Soda Stereo), e Lenine, que cantou NÃO OLHE PRA TRÁS e TEMPO PERDIDO, da Legião Urbana.  A apresentação teve ainda uma homenagem à banda de Chorão e Champignon, com  ME ENCONTRA.

- Eu não paro.  Virou um hábito, pego o violão em casa, abro o estúdio e começo a fazer escalas.  Tenho uma ideia e daqui a pouco já estou gravando.  Acaba virando um caos, depois tenho que peneirar o material.  Isso explica a alta produtividade do Capital.  Pretendemos lançar um disco novo de estúdio em 2017 – revela o sempre incansável Dinho, acrescentando que segue compondo com Thiago Castanho: - Me vejo como um militante do rock brasileiro.  A impressão que tenho é que as bandas brasileiras só não fazem sucesso internacional porque não cantam em inglês.

 

  

Fonte:  ZeroHora/Roger Lerina (roger.lerina@zerohora.com.br) em 21 de março de 2016.