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A Imigração Italiana RS, no livro de Rosane Tremea
A Imigração Italiana RS, no livro de Rosane Tremea

EM SEU PRIMEIRO LIVRO, ROSANE TREMEA RECRIA A HISTÓRIA DE ITALIANOS QUE IMIGRARAM PARA O RS

"Cecilia, Antonio e eu" será lançado neste sábado (17), na Sociedade Italiana do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre 

 

imigração italiana — que completa 150 anos no Rio Grande do Sul em 2025 — é feita de histórias de vida. Uma delas ganha o mundo neste sábado (17), em Porto Alegre, com o lançamento do livro Cecilia, Antonio e eu (Editora Casa de Astérion, 181 páginas, R$ 69).

 

Assinado pela jornalista Rosane Tremea, ex-colunista de Zero Hora com 39 anos de carreira, o texto é fruto da dissertação de mestrado da autora em Escrita Criativa na PUCRS. É, também, a estreia de Rosane no universo literário — e não é qualquer estreia: o livro é um presente, especialmente para quem se interessa pela formação do Rio Grande e pelo papel da colonização nesse processo.

 

A partir de uma pesquisa histórica cuidadosa, com base em documentos,  imagens, relatos historiográficos e seis viagens à região do Vêneto, na Itália, a escritora recriou (com deliciosas pitadas de ficção) a trajetória de Cecilia Suzanna e Antonio Tremea, seus bisavós paternos. 

 

Eles vieram de Lentiai, na província de Belluno, em 1883. Chegaram ao Brasil pelo Rio de Janeiro e acabaram fincando raízes no extremo Sul. Instalaram-se na antiga Colônia Dona Isabel (hoje Bento Gonçalves) e tiveram 11 filhos. 

 

Restaram apenas pistas do que os dois viveram desde o desembarque na terra prometida até a morte de Cecilia, em 1899, mas Rosane não se contentou com a ausência de registros escritos. Foi além.

— O que eu fiz, na verdade, foi ficção e autoficção. Foi a forma que encontrei de preencher as lacunas — diz a escritora, dona de um texto primoroso, lapidado por décadas de bom jornalismo.

 

"escrita de si" aparece, especialmente, na última parte do trabalho, quando a autora narra a missão que recebeu do pai de escrever a biografia de seus antepassados. 

 

Ainda que o resultado seja híbrido (trata-se, afinal, de um romance histórico que mistura o real e o imaginado), é provável que muitos descendentes de imigrantes, principalmente os vênetos, se identifiquem com a obra. Mas não apenas eles. 

 

No fundo, o texto fala de algo que toca a todos nós: a busca pelas origens.

  • O quê: lançamento do livro Cecilia, Antonio e eu  (Editora Casa de Astérion, 181 páginas, R$ 69)
  • Quando: 17 de maio (sábado), às 16h
  • Onde: no Salão Reale da Sociedade Italiana do Rio Grande do Sul (Rua João Teles, 317, bairro Bom Fim, Porto Alegre)
  • Mais detalhes: haverá bate-papo com o professor Antonio de Ruggiero, da Escola de Humanidades da PUCRS, e sessão de autógrafos
  • Quanto: o evento é gratuito; o livro estará à venda no local por R$ 69. Nos próximos dias, também estará à venda no site da editora (aqui).

 

A autora

Rosane Tremea é jornalista, mestra em Escrita Criativa pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e obcecada por viagens, memórias e origens familiares. Tem 39 anos de carreira no jornalismo.

 

Fonte:  Zero Hora/Juliana Bublitz em 15/05/2025