Translate this Page




ONLINE
6





Partilhe esta Página

                                            

            

 

 


A Transcendental Visão do Cotidiano: C. Lispector
A Transcendental Visão do Cotidiano: C. Lispector

O DICIONÁRIO TRANSCENDENTAL DE CLARICE

 

CLARICE LISPECTOR – A TRANSCENDENTAL VISÃO DO QUOTIDIANO (Opus, Grupo Zaffari, Mecenas Editorial, 334 páginas) é a 11ª edição da Coleção Dicionários, que já destacou grandes autores brasileiros e, pela primeira vez, prestigia uma escritora.  Não por acaso uma das maiores escritoras do Brasil e das que tem maior repercussão internacional.

 

Na apresentação, o poeta, editor e escritor Luiz Coronel, ressaltando que a Coleção Dicionários é um dos projetos editoriais mais consistentes do Rio Grande do Sul, escreve sobre a importância de apresentar uma “senhora escritora” pela primeira vez na coleção e de como a autora – ucraniana de nascimento e naturalizada brasileira – retratou a alma do Brasil com uma visão transcendental do quotidiano.

O volume apresenta textos de grandes especialistas, jornalistas, poetas e escritores, como Regina Zilberman, Sérgio Borja, Ruben Daniel Castiglioni, Affonso Romano de Sant’Anna, Flávio Aguiar, Benjamin Abdala Junior, Maria da Glória Bordini, Antônio Hohlfeldt, José Eduardo Degrazia, Lucia Helena, Jane Tutikian, Romar Beling, Leandro Zanetti Lara, Jaime Vaz Brasil, Débora Mutter, Nelson H.Vieira, Sergius Gonzaga, Adriana Carina Camacho Alvarez, Gustavo Henrique Rückert e, ao final, um belíssimo poema de Carlos Drummond de Andrade, intitulado Visão de Clarice Lispector, publicado em 1973, em Discurso de primavera e algumas sombras.  Os textos enfocam a vida e a obra da autora e seus percursos no Brasil e em muitos países do exterior.

  

As centenas de verbetes baseados nas crônicas, contos, novelas e romances de Clarice revelam aos leitores a grandeza de uma escritora que considerava que toda palavra tem a sua sombra e que o que escrevia era um a névoa úmida.  “Estou na vida fotografando o sonho”;  “Eu como escritor espalho sementes”; “Não se escreve para a literatura, escreve-se para cobrir um vazio, vencer a descontinuidade”; afirmou a autora de obras imortais como A MAÇÃ NO ESCURO; LAÇOS DE FAMÍLIA; PERTO DO CORAÇÃO SELVAGEM, entre outras.

 

A obra encadernada, impressa em papel couchê brilho, com sobrecapa e caixa, fotografias em cores e em preto e branco, apresentada com cuidados editoriais especiais, teve o apoio da Lei de Incentivo à Cultura – Ministério da Cultura, planejamento cultural da Opus, patrocínio do Grupo Zaffari e realização de Mecenas Editorial, TAB Marketing Editorial e Agência Matriz.

 

Há pouco, devido ao lançamento da biografia de Clarice Lispector por Benjamin Moser, o suplemento do The New York Times dedicou a ela matéria de capa, demonstrando que o julgamento do tempo, dos leitores e da crítica é altamente favorável à autora que, como disse Alceu Amoroso Lima:  “Clarice escreve como ninguém.  Ninguém escreve como Clarice”.

 

Fonte:  Jornal do Comércio/Jaime Cimenti (jcimenti@terra.com.br) em 31/12/2015.