VERBOS
Quando observamos a etimologia da palavra ‘verbo’, percebemos o quanto esse elemento é complexo. A palavra verbo origina-se do latim verbum, que significa ‘palavra’. Segundo Ilari e Basso ( 2006):
“[...] os romanos quiseram dizer que o verbo é a palavra por excelência, a mais rica, a de morfologia mais farta. O verbo continua sendo em português a classe de palavras que assume o maior número de formas flexionadas [...] O que é menos evidente é que essa riqueza morfológica tem forte contrapartida semântica: ela faz com que, em qualquer sentença, seja reservada ao verbo a tarefa de prestar uma série de informações [...]” (ILARI E BASSO, 2006, p. 112).
Ao estudarmos os verbos, devemos observar que, em uma oração, ele nos transmite muitas informações: (a) em relação ao tempo em que algo ocorre (presente, passado, futuro); (b) em relação ao mundo real ou da fantasia, quando, por exemplo, uma criança nos conta uma história; (c) em relação à atitude do falante que pode afirmar algo, mas pode, também, modalizar seu discurso usando uma oração como “Ele estaria no local do crime.” Todas essas informações que o verbo nos dá contribuem para a compreensão acerca das intenções do autor de um texto.
O Verbo
Se observarmos a classe dos nomes substantivos e a classe dos verbos, perceberemos que o substantivo é o núcleo do sintagma nominal. Esse sintagma nominal pode funcionar sintaticamente, como sujeito, objeto direto, predicativo do sujeito etc. No entanto, o verbo é o núcleo do sintagma verbal. O sintagma verbal sempre exerce a função sintática de predicado. Vale lembrar que substantivos e verbos são variáveis; a diferença está no fato de os verbos apresentarem flexão de tempo (+aspecto), modo e pessoa (+número), enquanto os substantivos apresentam flexão de gênero e número.
Embora saibamos que verbos variam em tempo, número, modo e pessoa, é importante ressaltar que a separação entre as classes de palavras não é fixa. O verbo pode funcionar como nome ao ocupar o núcleo do sintagma nominal, antecedido ou não por um determinante, processo muito produtivo na língua.
Exemplos:
1-VIVER EM UMA GRANDE CIDADE É MUITO PERIGOSO.
2- TODOS DESEJAM OUTRO VIVER.
A FUNÇÃO DOS MODOS E TEMPOS VERBAIS
EMPREGO DOS MODOS VERBAIS.
1. Modo indicativo. Marca a realidade do fato expresso: há certeza na afirmação. Esse tempo é usado quando consideramos como certo, real ou verdadeiro o conteúdo daquilo que é dito ou está escrito.
2. Modo subjuntivo. Marca a incerteza do fato expresso: não se sabe se o fato expresso pelo verbo ocorre, ocorreu ou ocorrerá. Esse modo é usado quando se dá como possível, duvidoso ou hipotético o conteúdo daquilo que está escrito ou é dito.
Exemplo: Se eu caminhasse pela manhã, talvez emagrecesse.
3. Modo imperativo. Marca pedido, ordem, súplica, conselho.
Exemplo: Caminhe pela manhã e emagrecerá.
Só para lembrar:
“Vem pra Caixa você também”.
O slogan da propaganda da Caixa Econômica causou certa polêmica. Isso porque a forma verbal ‘vem’ é uma forma da segunda pessoa do singular (tu) do imperativo afirmativo do verbo ‘vir’. Por isso, ela conflita com o pronome de tratamento ‘você’, que pertence à terceira pessoa.
Deixando de lado a discussão sobre ‘pra’ e ‘para a’, de acordo com a prescrição da gramática normativa, a frase deveria assumir uma das duas formas:
Vem pra Caixa tu também.
Venha pra Caixa você também.
Emprego dos tempos verbais
Da mesma forma que os modos do verbo veiculam significados, também, ao utilizarmos um determinado tempo verbal, devemos observar que ele imprime um sentido particular ao nosso texto.
1. Tempo presente. O tempo presente do indicativo é usado para indicar:
um fato atual.
Exemplo: Estamos na praia.
b) algo que acontece habitualmente.
Exemplo: Sempre tomo café após o almoço.
c) algo que representa uma verdade universal.
Exemplo: O sol nasce todas as manhãs.
d) um fato futuro próximo a acontecer e de realização considerada certa.
Exemplo: Amanhã, viajamos para Paris.
e) o presente histórico, ou seja, aparece na narração de um fato passado, como forma de realçar esse acontecimento.
Exemplo: Em 22 de abril de 1500, chega ao Brasil a nau de Cabral.
O uso mais frequente do pretérito imperfeito é para indicar algo habitual no passado. “Eu caminhava na beira da praia quando morava em Copacabana.”
Travaglia (2001, p. 212) comenta que é comum crianças, brincando de casinha, utilizarem o pretérito imperfeito como uma forma de marcar a irrealidade usando sentenças do tipo “Vamos brincar de casinha? Eu era a mãe, você era a filha e ela era a prima que vinha fazer uma visita.”
Algumas pessoas confundem os usos do pretérito perfeito e do pretérito imperfeito. Vejamos os exemplos abaixo.
a. Saiu de casa para viajar pelo mundo. Alguns anos depois, voltava à casa de sua mãe.
b. Saiu de casa para viajar pelo mundo. Alguns anos depois, voltou à casa de sua mãe.
Embora saibamos que, muitas vezes, os indivíduos utilizam os tempos verbais de forma inadequada, segundo a prescrição, ao utilizar na frase (a) - o pretérito imperfeito - tem-se por parte do falante um indicativo de dúvida quanto à volta do indivíduo à casa da mãe. Em (b), o uso de pretérito perfeito indicaria que o falante acreditava na volta da pessoa em questão à casa de sua mãe.
Segundo Ilari e Basso (2006, p. 113), se você ouvisse a frase “Ele veio para a festa de carro, mas morreu no caminho”, provavelmente acharia que essa frase soou estranha porque ‘veio’ nos transmite a ideia de uma ação acabada, fato que conflita com o que está exposto na segunda parte da sentença. No entanto, se disséssemos “Ele vinha para a festa, mas morreu no caminho” ou “Ele estava vindo para a festa, mas morreu no caminho”, esse conflito se desfaz. A essa distinção entre os tempos do passado, por exemplo, chamamos de aspecto verbal.
Ainda a respeito do emprego dos Tempos Verbais:
4. Pretérito mais-que-perfeito. Embora seja também um tempo indicativo de passado, seu uso mostra que o processo em questão, ainda que tenha ocorrido no passado, o fez de forma anterior ao que é indicado pelo pretérito perfeito. Além desse significado, segundo Garcia (1997, p. 71), esse tempo também indica desejo ou esperança. Exemplos:
Atualmente, o uso desse tempo verbal está vinculado a ambientes de uso formal da língua. Em textos escritos com menor formalidade e na fala, é mais comum o emprego da forma composta: ‘eu tinha viajado’ em lugar de ‘viajara’.
Exemplos:
Ele trabalhara mais do que devia.
Quem me dera eu ganhasse na loto!
5. Futuro do presente. Representa o fato como não concluído e o situa em um tempo posterior ao presente. Esse tempo indicativo de futuro atua, basicamente, para mostrar um fato provável de ocorrer.
Exemplo:
Amanhã, irei à praia.
Embora não seja comum o uso desse tempo verbal com esse significado, o futuro do presente também pode ser usado em lugar do imperativo, para atenuar uma ordem, fazer um pedido, sugerir algo.
Exemplo:
“Honrarás pai e mãe”.
Com frequência, substituímos o futuro do presente pela locução verbal formada pelo verbo ir + verbo no infinitivo, como em “Vou sair cedo amanhã”.
6. Futuro do pretérito. Representa o fato como não concluído e o situa em um intervalo de tempo no passado. Exprime um fato futuro tomado em relação ao passado, sendo também usado para indicar dúvida em relação a algo. Usar o futuro do pretérito demonstra o grau de comprometimento de quem fala diante do tema tratado.
Exemplo:
Segundo me disseram, ele depositaria quase trinta mil no banco.
Ao usar ‘depositaria’, tem-se uma hipótese, um fato passível de ter ocorrido, mas, ainda assim, apenas uma possibilidade.
Observações gerais.
I. O presente do indicativo indica um fato habitual presente, enquanto o pretérito imperfeito indica um fato habitual passado.
Exemplos:
Eu compro pão todo dia.
Eu comprava pão todo dia quando morava naquela rua.
II. Em Língua Portuguesa, usa-se o presente do indicativo do verbo estar mais o gerúndio do verbo para indicar que algo ocorre concomitante ao momento da fala.
Exemplo:
Ele sempre come bem, mas hoje não está comendo nada.
O uso do chamado ‘gerundismo’, ou seja, o uso inadequado do gerúndio, representa um problema quando não queremos comunicar a ideia de eventos ou ações simultâneas, mas falar de uma ação específica, pontual, em que a duração não é a preocupação dominante. Nesse caso, o correto é usar ‘vou falar’, pois, assim, indicamos algo que vai acontecer a partir de agora, do nosso momento de fala: o uso do infinitivo representa garantia do cumprimento da ação. O uso de ‘Vou estar falando’ em uma situação desse tipo é inadequado porque se perde a referência na ação em si, tornando um evento que deveria ser preciso, enfocando a ação, em uma situação em curso.
Esse uso do ‘gerundismo’ ocorre, com frequência, em situações de interação por motivos comerciais e é considerado um problema, tendo em vista o grande número de ocorrências. Podemos observar que não utilizamos uma sentença como ‘Vamos estar tomando uma cerveja’, porque soa de forma artificial.
Verbos e esvaziamento semântico: a questão do vocabulário
Todo ser humano normal aprende a falar a língua do grupo social ao qual pertence. É preciso, no entanto que essa fala seja refinada pela escola; não devemos alimentar a ideia de que a fala é um ‘vale-tudo’. A escola faz com que nos preocupemos muito mais com nossa escrita do que com nossa fala. Sabemos que aprender a modalidade escrita da língua depende, em um primeiro momento, de uma instrução adequada. Aprimorá-la passa por processos como o de organização sintática, de planejamento e de seleção vocabular. Se falarmos em um ambiente de maior formalidade, faz-se necessário o monitoramento e isso também ocorre na escolha de palavras que consideramos mais adequadas ao ambiente. Discutiremos a seguir a questão da escolha de verbos para compor um texto.
Alguns verbos também se comportam assim. Analisemos os vários significados do verbo pôr nas sentenças a seguir:
a) O funcionário pôs o aviso na parede. (= pendurou, colou)
b) O diretor pôs o dinheiro no banco. (= depositou)
c) Os pais sempre põem a culpa nos filhos. (= culpam os filhos)
d) O médico pôs a luva para a cirurgia. (= vestiu)
e) A bibliotecária pôs os livros na estante. (= guardou)
Há outros casos como os dos verbos ver, ter, fazer, dentre outros, cujos empregos são mais amplos que outros mais específicos. Por exemplo:
O verbo dizer utilizado frequentemente em lugar de afirmar, revelar, declarar, anunciar, publicar.
O verbo fazer substituindo os verbos realizar, promover, determinar, estabelecer, fixar, aprovar, provocar, integrar, inaugurar etc.
ADVÉRBIO
O advérbio é uma classe gramatical que se liga, geralmente, ao verbo. Advérbio quer dizer “junto do verbo”. No entanto, em algumas situações, ele também modifica um adjetivo ou um advérbio, o que normalmente ocorre com o de intensidade.
São sete os advérbios em português:
1) De lugar: aqui, aí, lá, acolá, aquém etc.
Ex.: O cachorro está ali.
2) De tempo: ontem, agora, cedo, tarde, nunca, jamais etc.
Ex.: Ontem houve uma prova.
3) De modo: assim, depressa, bem, calmamente etc.
Ex.: Todos saíram depressa.
4) De intensidade: muito, pouco, bastante, tanto, bem etc.
Ex.: Meu irmão estuda muito. (ligado ao verbo estuda)
Ela é muito alta. (ligado ao adjetivo alta)
Seu colega escreve muito bem. (ligado ao advérbio bem)
5) De afirmação: sim, realmente, certamente etc.
Ex.: Iremos realmente.
6) De negação: não.
Ex.: Não participarei da reunião.
7) Dúvida: talvez, provavelmente, possivelmente etc.
Ex.: Talvez ele acerte tudo.
Advérbios interrogativos
1) De lugar: onde?
Ex.: Onde está o material?
Ignoro onde está o material.
2) De tempo: quando?
Ex.: Quando virá o cientista?
Não sei quando virá o cientista.
3) De modo: como?
Ex.: Como aconteceu o acidente?
Desconhecemos como aconteceu o acidente.
4) De preço ou valor: quanto?
Ex.: Quanto custa o aparelho?
Não me disseram quanto custa o aparelho.
5) De causa: por que?
Por que ele faltou?
Explique-me por que ele faltou.
Observações
a) Nos quatro exemplos, aparecem interrogações diretas e indiretas. Veja o que foi dito no item “pronomes interrogativos”.
b) Por que, na realidade, é uma locução adverbial de causa.
Locução adverbial
Duas ou mais palavras com valor de um advérbio. Os sete advérbios estudados podem vir em forma de locução.
Ex.: Estudaram à noite. (locução adverbial de tempo)
Ficaram atrás da porta. (locução adverbial de lugar)
Mas existem locuções que nunca se expressam por um único advérbio. Vejamos as mais importantes:
1) De causa
Ex.: Tremia de frio.
2) De meio
Ex.: Iremos de navio.
3) De instrumento
Ex.: Cortou-se com a lâmina.
4) De condição
Ex.: As feras não vivem sem carne.
5) De concessão
Ex.: Foi à praia apesar do temporal.
Obs.: Ocorre quando há uma oposição em relação ao verbo. Não se vai, normalmente, à praia em dia de temporal.
6) De conformidade
Ex.: Agiu conforme a situação.
Ex.: Ocorre quando há uma idéia de acordo.
7) De assunto
Ex.: Conversaram sobre a situação.
8) De fim ou finalidade
Ex.: Sempre viveu para o estudo.
9) De companhia
Ex.: Saiu com o pai.
Observações:
a) Muito, pouco, bastante, tanto, mais, menos e outros podem ser advérbios de intensidade ou pronomes indefinidos.
I) São advérbios quando modificam um verbo, um adjetivo ou outro advérbio.
Ex.: Eles falavam bastante.
II) São pronome indefinidos quando acompanham substantivos.
Ex.: Tenho bastantes livros.
Recebi muito apoio.
Ganhei mais revistas do que ele.
b) A palavra bem pode ser advérbio de intensidade ou de modo.
Ex.: Ele fala bem. (advérbio de modo)
Ele está bem cansado. (advérbio de intensidade)
c) As palavras derivadas terminadas em mente são sempre advérbios.
Ex.: Antigamente se lia menos. (advérbio de tempo)
Andavam tranqüilamente pela praia. (advérbio de modo)
Irei certamente à noite. (advérbio de afirmação)
d) Nunca e jamais são advérbios de tempo.
Ex.: Jamais farei isso. (Em momento algum farei isso.)
CONJUNÇÃO
Consiste em uma classe de palavras invariáveis que unem termos de uma oração ou orações. As conjunções podem relacionar termos de mesmo valor sintático ou orações sintaticamente equivalentes - as chamadas orações coordenadas - ou podem relacionar uma oração com outra que nela desempenha função sintática - respectivamente, uma oração principal e uma oração subordinada, como você já deve ter observado nas aulas de sintaxe. Vejamos alguns exemplos:
Nossa questão social é urgente (e) necessária.
A situação social do país é urgente, (mas) ainda existem aqueles que só buscam seus próprios interesses.
Não se pode deixar de notar (que) a situação social do país é urgente.
PREPOSIÇÃO
É a palavra invariável que atua como conectivo entre palavras ou orações, estabelecendo sempre uma relação de subordinação. Isso quer dizer que entre os termos ou orações ligados por uma preposição haverá uma relação de dependência, em que um dos termos, ou uma das orações, assume o papel de subordinante e o outro, de subordinado:
Assisto (subordinado) ao jogo do Flamengo sempre. (subordinante).
Em alguns casos (particularmente nas locuções adverbais), as preposições não apenas conectam termos da oração, mas também indicam noções fundamentais à compreensão da frase. Observe:
Saí (com) pressa.
Saí (sem) pressa.
Pus (sob) a mesa.
Pus (sobre) a mesa.
Estou (com) vocês.
Estou (contra) vocês.
Para tanto, vejamos o que nos dizem os professores Pasquale e Infante (2006:333):
CONCEITO
Interjeições são palavras invariáveis que exprimem emoções, sensações, estados de espírito, ou que procuram agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar determinados comportamentos sem que se faça uso de estruturas linguísticas mais elaboradas. Observe:
Ah!- pode exprimir prazer, deslumbramento, decepção;
Psiu! - pode indicar que se está querendo atrair a atenção do interlocutor ou que se quer que ele faça silêncio.
Em alguns casos, há um conjunto de palavras que atua como uma interjeição:
são as locuções interjetivas, como Valha-me Deus! ou Macacos me mordam!
OUTRAS INTERJEIÇÕES E LOCUÇÕES INTERJEITIVAS
Interjeições e locuções
ai! ui! - expressam dor
uh!, credo!, cruzes!, Jesus!, ai! - expressam medo
tomara!, oxalá!, queira Deus!, quem me dera! - expressam desejo
psiu!, quieto!, bico fechado! - expressam pedido de silêncio
eia!, avante!, upa!, firme!, toca! - expressam estímulo
xô!, fora!, rua!, toca!, passa!, arreda! - expressam afugentamento
ufa!, uf!, safa! - expressam alívio
ufa! - expressam cansaço
Poderíamos estender indefinidamente essa lista. Mais importante, no entanto, é você perceber que são consideradas interjeições algumas estruturas lingüísticas bastante diferenciadas entre si. Ah! e ui!, por exemplo, são sons que servem exclusivamente para a expressão de estados emotivos; já quieto! e viva! são formadas por palavras de outras classes gramaticais que, em determinados contextos, permitem a expressão de emoções súbitas. Em alguns casos, temos verdadeiros pedaços de frases, como acontece com quem me dera! As interjeições são, na realidade, verdadeiras frases. Pode-se perceber isso facilmente quando se atenta para seu funcionamento na linguagem. Além de serem capazes de transmitir conteúdos significativos que correspondem a frases, as interjeições têm sua significação profundamente vinculada ao momento efetivo de sua utilização: basta perceber como um ah! pode exprimir desde desapontamento até o mais profundo prazer, de acordo com a situação em que é proferido (a qual determinará a entonação de voz com que será produzido). Outra evidência de que as interjeições pertencem ao campo das palavras em utilização efetiva e não ao das palavras tomadas isoladamente é sua forma de apresentação: elas são sempre seguidas de um ponto de exclamação (às vezes combinado com outros sinais de pontuação).
Ora, o uso de sinais de pontuação faz sentido quando se lida com elementos linguísticos que integram a comunicação efetiva - que se verifica na organização de frases e textos. Seria mais coerente, portanto, não considerar as interjeições uma classe de palavras à parte, mas sim mais um dos possíveis tipos de frases de que a língua portuguesa dispõe.