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A Lenda de Tarzan, de David Yates
A Lenda de Tarzan, de David Yates

A LENDA DE TARZAN

 

ZERO HORA CONVERSOU COM O ATOR SUECO ALEXANDER SKARSGÄRD SOBRE O NOVO FILME COM O “REI DAS SELVAS”

 

Personagem que há mais de cem anos povoa o imaginário de crianças e jovens de todo o mundo, Tarzan está de volta ao cinema.  Desta vez, o filho de um casal de aristocratas ingleses criado por macacos na selva africana é encarnado por um sueco: conhecido por sua participação na série TRUE BLOOD, o ator Alexander Skarsgärd é o protagonista de A LENDA DE TARZAN, filme que entrou em cartaz no  país nesta semana.  A nova aventura do personagem criado em 1912 pelo escritor norte-americano Edgar Rice Burroughs é dirigido por David Yates, realizador inglês responsável pelos quatro últimos longas da série HARRY POTTER.

- Eu era fã do Tarzan desde os seis anos de idade.  Meu pai (o ótimo Stellan Skarsgärd, ator de filmes do diretor dinamarquês Lars von Trier como ONDAS DO DESTINO e NINFOMANÍACA) era obcecado por ele e, quando teve um filho, quis introduzi-lo a esse universo, aos filmes de Johnny Weissmuller (ator que viveu Tarzan em diversos títulos).  Então, depois de 30 anos, quando me chamaram para fazer o filme, eu fiquei muito animado para compor esse personagem – disse Alexander, que esteve em São Paulo no começo desta semana para divulgar a produção.

 

Em A LENDA DE TARZAN, o herói já abandonou a floresta há muito tempo e vive confortavelmente em sua mansão em Londres ao lado da esposa Jane – interpretada pela linda atriz australiana Margot Robbie, que em breve poderá ser vista também como a Arlequina do filme Esquadrão Suicida.  O civilizado John Clayton III, porém, terá que confrontar suas origens selvagens – rememoradas na história por meio de flashbacks – quando uma missão diplomática a serviço de Sua Majestade leva-o de volta ao coração do Congo a fim de conferir as atividades do rei belga na região.  Acompanhado de um emissário do governo norte-americano (Samuel L. Jackson), Tarzan descobre um plano de dominação colonialista do país, comandado pelo ambicioso explorador Leon Rom – vivido pelo grande ator austríaco Christoph Waltz, oscarizado por BASTARDOS INGLÓRIOS e DJANGO LIVRE, mais uma vez na pele do vilão “frio e calculista” de catálogo.  A trama inclui ainda a cobiça por uma mina de diamantes sob o controle de uma tribo selvagem, cujo líder (Djimon Hounsou) quer a cabeça do “Rei das Selvas” por conta de uma antiga dívida de sangue.

- Sempre fui fascinado pela psicologia de Tarzan, por essa dicotomia entre homem e besta.  Explorei isso em meus papéis anteriores, e o filme foi uma oportunidade de elevar isso a um nível diferente.  Vi em um documentário sobre um  grande leão selvagem como ele olhava direto para a câmera, mas sem se preocupar em intimidar ninguém ou se mostrar.  Era um olhar que dizia “você não vai querer se meter com este cara aqui”.  Ele poderia tanto atacar quanto cair no sono.  Busquei essa essência.  Passei também um dia inteiro em meio a gorilas, e foi uma experiência muito profunda.  Aqueles macacos enormes ficavam cara a cara comigo, mas, de novo, não era um olhar ameaçador.  Era como se eles pudessem enxergar todas as minhas bobagens,  meu lado escuro.  Me senti insignificante – contou a Zero Hora o simpático Alexander Skarsgärd.

 

Não faltam em A LENDA DE TARZAN sequências de boas lutas com humanos e primatas, perseguições em cipós e interlúdios amorosos do herói com a decidida Jane – por falar em romance, Skarsgärd negou que tenha sido filmada uma cena com um beijo de Rom em Tarzan, cortada da versão final, conforme teria admitido o próprio diretor do longa.  O ator comentou ainda que se submeteu a uma rigorosa dieta de engorda e a uma maratona de exercícios para ficar marombado como exigia o papel:

- para as cenas de luta, nós ensaiamos durante um mês, coreografávamos as cenas e gravávamos por dois ou três dias.  Essa é uma versão mais intensa, mais nebulosa do Tarzan do que a que aparece nos filmes anteriores do personagem.

 

 

 

 

  

Fonte:  Zero Hora/Roger Lerina (roger.lerina@zerohora.com.br) em 24 de julho de 2016.